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Brasil gasta 132 bilhões por ano com acidentes de transporte

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Recente relatório apresentado pelo pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, entre 2007 e 2018, o Brasil contabilizou 479.857 mortes em acidentes em transportes e o custo desses acidentes chegou a custar R$ 1,584 trilhão durante o período avaliado, o que resulta em uma média de R$ 132 bilhões por ano. O relatório é resultado do estudo Impactos Socioeconômicos dos acidentes de transporte no Brasil e contabilizou acidentes envolvendo pedestres, motociclistas, automóveis, ciclistas, e ainda meios de transporte aquaviários, ferroviários e aéreos. Dentre as vítimas, a maioria são jovens com idades entre 18 e 34 anos.

De acordo com o presidente do Sindicato das Autoescolas do Ceará (Sindcfc’s), Eliardo Martins, o descumprimento das regras de trânsito são responsáveis por grande parte dos acidentes. Ele alerta que o papel das autoescolas para a formação de um bom condutor é fundamental para a construção de um trânsito mais seguro. “O futuro motorista deve ter em mente que os cuidados com a segurança começam antes mesmo de ligar o veículo. Porém, ele só aprende e tem essa consciência da importância do respeito às legislações após curso em um Centro de Formação de Condutores. Não se pode ignorar”, disse.

O diretor do Sindicato, Alisson Maia, explica que as autoescolas são responsáveis pela total formação do condutor, no entanto, afirma que é necessário um trabalho de educação continuada sobre o trânsito. “O condutor aprende o correto a ser feito na autoescola, mas ele insiste em agir diferente, principalmente com o passar do tempo, simplesmente por ser da cultura de boa parte dos brasileiros achar que nunca vai acontecer com ele um acidente de trânsito, por exemplo”. Segundo Alisson Maia, ainda há muito que se evoluir com relação à educação no trânsito. “Na maioria das vezes, o jovem de 18 anos tem contato com a legislação de trânsito apenas durante o período em que está tirando a habilitação. É difícil ou quase impossível moldar a cabeça de um jovem em apenas poucas aulas. O correto seria que, desde a infância, a educação no trânsito fosse trabalhada. O governo precisa investir nesse aspecto. Com esse apoio, as autoescolas conseguiriam trabalhar um condutor de forma mais completa”, finalizou.

Foto: divulgação

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.