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Covid: Clínicas de São Paulo oferecem vacina ainda em testes por R$ 1.450

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Clínicas de São Paulo estão negociando a venda da vacina indiana Covaxin, que não conta com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já existem listas de espera e, de acordo com os responsáveis, o preço cobrado pelas duas doses chegará a R$ 1.450. A promessa é que em 30 de abril as doses da Covaxin estejam disponíveis.

De acordo com a Associação Brasileira das Clínicas Particulares, várias unidades da capital paulista já estão sondando possíveis interessados na vacina indiana.

“Quer fazer uma pré-reserva comigo? Não tem problema. Pode fazer. É o que eu falo. Deixa o nome e quantas quantidades. Assim que chegar a vacina a gente vai até a clínica responsável pela imunização para que seja feito o contato com quem fez a reserva para saber se quer tomar ou não”, diz o dono de uma distribuidora de medicamentos de São Paulo, por telefone.

A empresa não exige o pagamento adiantado, mas o empresário diz que a divulgação em grupos de Whatsapp fez a procura por reservas disparar.

“Eu passei no grupo de um colégio em que minhas filhas estudam. Aí o que acontece: a minha esposa pegou muitos nomes: ‘Fulano de tal quer oito doses, fulano de tal quer seis imunizações e assim tá indo”, complementa.

Ele ressalta que o governo federal pode exigir que as clínicas privadas sigam algum protocolo e, desta maneira, a lista não iria mais valer. “Aí não tem jeito, a gente vai ter que seguir”, afirma.

A Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, foi aprovada para uso emergencial na Índia antes de concluir a fase 3 de testes clínicos. No Brasil, o imunizante não tem nenhum pedido de registro para uso emergencial ou definitivo.

“Se a empresa Precisa Medicamentos tivesse um pedido de autorização de uso emergencial aqui no Brasil, um desenvolvimento clínico aqui no Brasil ou um pedido de registro, ela já poderia trazer estas vacinas, mas correndo o risco destas doses terem que ser descartadas se a Anvisa não aprovar”, diz a farmacêutica e diretora da Anvisa, Meiruze Freitas.

Fonte: CNN Brasil – Foto: divulgação

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.