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Jejum intermitente virou ‘dieta da moda’, mas só deve ser feito com acompanhamento e pode trazer riscos à saúde

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Uma simples busca na internet possibilita o acesso a uma série de “receitas” sobre como realizar o jejum intermitente, que virou a dieta da moda para perder peso. Segundo a nutricionista do Hapvida em João Pessoa, Sonalle Carolina, ele é um tipo de protocolo que se baseia em períodos cronometrados sem se alimentar e só deve ser feito com orientação e acompanhamento.

A nutricionista explica que existem diferentes tipos de uso do jejum, como em dias alternados ou por alimentação com restrição de tempo. Mas ressalta que é necessário o acompanhamento de um profissional especializado. “Isso para definir qual melhor estratégia a ser realizada para cada indivíduo, avaliando suas necessidades, dificuldades, cultura alimentar e comorbidades associadas”, esclarece.

A especialista afirma que embora não existam estudos clínicos suficientes que relacionem o exagero na alimentação ao uso de jejum intermitente, alguns estudos atuais sugerem que essa estratégia pode ser utilizada em pacientes para melhoria da perda de peso e da saúde metabólica. Não sendo necessário ser realizada após exagerar na alimentação.

Cuidados – Sonalle explica que como se trata de períodos com restrição alimentar, deve-se ter cuidado na hidratação bebendo bastante água, na quantidade e qualidade dos alimentos que se está ingerindo para não ocorrer desnutrição ou fraqueza muscular. De acordo com a profissional, esta conduta pode ainda alterar o humor e a capacidade de concentração causando ansiedade e irritação. “A escolha dos alimentos para realizar a quebra do jejum também é de suma importância, pois não se pode utilizar qualquer alimento para essa finalidade”, alerta.

Efeitos Colaterais – Como para toda ação há uma reação, o mesmo ocorre em relação ao jejum intermitente. Isso quer dizer que a realização desta dieta possui seus efeitos colaterais, que podem ser queda ou enfraquecimento do cabelo, constipação intestinal, osteoporose, anemia, desidratação, ansiedade e compulsão alimentar.

A nutricionista afirma ainda que é importante ressaltar que refeições fracionadas fazem com que o paciente opte por porções menores e mais saudáveis, o que favorece hábitos alimentares equilibrados. “Para um emagrecimento saudável é imprescindível considerar o estilo de vida como um todo e não apenas a alimentação isolada”, frisa.

Foto: divulgação

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.