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TeleSaúde já recebeu quase 100 mil chamadas

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Febre constante, coriza, dor no corpo e na cabeça. Os primeiros sintomas do estudante universitário Júnior Colucci, de 25 anos, pareciam um resfriado comum, mas a preocupação gerada pela perda do olfato fez com que ele ligasse para o TeleSaúde, central telefônica criada pelo Governo do Ceará para esclarecer dúvidas da população sobre o coronavírus (Covid-19).

O jovem queria saber se apresentava os sintomas da doença. A dúvida é a mais frequente entre as 96.135 chamadas já recebidas pelo serviço, que é gratuito e funciona todos os dias 24h. “Fui tranquilizado apesar do medo que estava. Também me aconselharam a ficar em isolamento social por se tratar de um caso suspeito”, conta o universitário, que segue a quarenta em boa recuperação.

O relato dele corrobora com a análise da diretora de pós-graduação em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará e coordenadora do TeleSaúde, Olívia Bessa. Segundo ela, o contato telefônico proporciona, muitas vezes, alívio à população. “Num momento como esse, de pandemia, a informação é a principal aliada do cidadão”, ressalta.

Além dos sintomas de Covid-19, Olívia Bessa diz que os usuários buscam informações sobre realização de testes, imunização contra a influenza e o momento certo de procurar atendimento em uma unidade de saúde.

O TeleSaúde começou a atender a população cearense no dia 18 de março. Desde então, 25% dos usuários atendidos foram aconselhados a buscar atendimento médico. O resultado evidencia que o serviço reduz a ida a hospitais nos casos em que é possível se cuidar em casa, quando os sintomas são mais brandos e o paciente não faz parte dos grupos de risco.

A atendente de telemarketing Rayane Pinheiro suspeitou ter Covid-19, mas ficou os primeiros dias em casa, mantendo o isolamento domiciliar. Quando sentiu falta de ar, ela ligou para a central de atendimento. “O atendente me recomendou buscar uma unidade de saúde e me sugeriu a mais próxima de casa”, diz ela, recuperada há duas semanas.

Equipe multiprofissional

Para dar conta da demanda, o TeleSaúde conta com 150 canais de atendimento. Todos os atendentes foram treinados por especialistas da Escola de Saúde Pública. Os profissionais são atualizados constantemente sobre a Covid-19, com base nas recomendações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e da Organização Mundial da Saúde (OSM).

Uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da ESP/CE, é responsável por supervisionar o serviço . “O trabalho é desafiador pelo fato de doença não ser totalmente conhecida pela ciência, mas muito gratificante, porque a informação pode ajudar a salvar quem busca o serviço”, afirma a enfermeira Bárbarah Rebouças, assessora técnica da Diretoria de Pós-Graduação em Saúde da ESP/CE, que treinou e dá suporte aos atendentes.

Perfil

As mulheres são as que mais recorrem ao atendimento do TeleSaúde (62%). Com relação à faixa etária, os dados mostram que a procura pelo serviço é mais recorrente entre pessoas de 31 a 40 anos (24%) e por quem tem de 20 a 30 anos (18%).

Jackson de Moura – Ascom Sesa Texto
Júlio Lopes Arte gráfica

Picture of Rodrigo Kawasaki

Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.