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Coçar os olhos pode desencadear doença séria

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Enfermidade hereditária atinge população mais jovem e pode se agravar com hábitos simples como coçar os olhos.

Coçar os olhos, um ato aparentemente inofensivo e comum para muitos, pode trazer mais malefícios do que se possa imaginar. Um deles é o desencadeamento do ceratocone, doença que se apresenta como uma deformação da córnea, camada que recobre a parte frontal do globo ocular. De caráter hereditário, a doença evolui lentamente e se manifesta, principalmente, entre os 10 e 25 anos de idade. A necessidade em atentar para os cuidados com a visão e visitar oftalmologistas regularmente é crucial para preservar a saúde da visão e evitar maiores complicações.

Conforme explica Renata Vasconcelos, médica oftalmologista da Clínica Massilon Vasconcelos, a enfermidade é capaz de alterar a estrutura da córnea, que funciona como uma lente sobre a íris e a pupila, que projeta luz sobre a retina. Com a enfermidade, o órgão apresenta redução progressiva na espessura da parte central, ficando mais fino, e é empurrado para fora, formando uma saliência curvilínea similar a um cone. O resultado? A visão fica irregular, como se estivesse embaçada, enquanto a projeção de imagens nítidas fica comprometida. O problema pode resultar até mesmo no desenvolvimento de astigmatismo irregular e miopia.

 “O ceratocone é uma doença de caráter hereditário, que evolui lentamente e se manifesta, principalmente, entre os 10 e 25 anos de idade. Contudo, pode progredir até os 40 anos ou estabilizar conforme o passar do tempo”, relata a oftalmologista. Conforme destaca, os sintomas podem ser diferenciar entre os dois olhos e, mesmo com óculos, a pessoa corre o risco de ter problemas ao enxergar. Além disso, a pessoa acometida pela doença pode ter o comprometimento da visão noturna, sensibilidade à luz e visão dupla.

O tratamento do ceratocone, segundo médica oftalmologista, vai desde a utilização de óculos ao transplante de córneas. Os procedimentos disponíveis incluem intervenção para fortalecimento de moléculas de colágeno da córnea a anéis intracorneais voltados à regularização da curvatura da córnea. “Uma visita ao oftalmologista, que é capaz de orientar os métodos mais apropriados para controlar a enfermidade, pode antecipar o tratamento e evitar futuras complicações”, finaliza Renata Vasconcelos.

Foto: divulgação

 

 

 

 

Rodrigo Kawasaki

Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.