As cardiopatias chegam a ser responsáveis por 43% de óbitos no mundo
O mês de setembro carrega em uma das suas bandeiras a cor vermelha, que representa as doenças cardiovasculares, tendo o dia 29 como Dia Mundial do Coração. A data existe para conscientizar a população sobre os cuidados com este órgão vital, com atitudes como: prática de atividade física, alimentação saudável, não fumar e fazer exames periódicos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. A cardiologista Laura Escóssia, do Hospital São Camilo, afirma que a faixa etária mais afetada pela doença varia conforme a comorbidades, que são os fatores que podem ajudar no desenvolvimento das doenças cardiovasculares. O acompanhamento deve ser feito de acordo com esses fatores, por exemplo: se uma criança já nasceu com complicações cardíacas, ela vai precisar ser acompanhada de forma mais precoce. De maneira geral, o acompanhamento deve começar aos 30 anos, se a pessoa não tiver nenhum fator agravante, o ideal é que o check-up se repita anualmente; e para as pessoas que possuem hipertensão ou diabetes, por exemplo, o ideal é que se repita a cada seis meses.
Cardiopatias mais comuns
As cardiopatias mais comum são as miocardiopatias isquêmicas, que são as doenças causadas pelo infarto levando à perda da função do coração; em segundo lugar, vem a “doença de chagas”, causada pelo pela picada do barbeiro. Em seguida, vem a miocardiopatia alcoólica; depois a miocardite, que é a viral; acompanhada por doenças causadas pelo uso de drogas, hereditárias, entre outras. O público mais afetado são os homens, já que as mulheres possuem um tipo de proteção até a menopausa, por conta dos hormônios femininos.
Ainda segundo a cardiologista, a principal maneira de prevenir é evitar os fatores de risco. “Pressão alta, diabetes, tabagismo, obesidade são os principais fatores de risco que nós podemos mudar. Tem outros que não podemos mudar, como por exemplo; hereditariedade, que faz com que o indivíduo tenha uma chance maior do que uma pessoa que não possui esse histórico familiar; e a idade. É preciso trabalhar com o que conseguimos mudar, dessa forma podemos diminuir os números. Se a pessoa tem diabetes, ela pode controlar o açúcar no sangue; se está acima do peso, ela pode fazer atividade física. A prevenção é a melhor maneira de evitar doenças cardiovasculares”, diz Laura.