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Pacientes que consomem álcool e fumam com frequência correm mais risco de ter câncer de boca e faringe, aponta estudo do ICC

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O ICC, por meio do Laboratório de Biologia Molecular e Genética do Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ), realizou um estudo que será divulgado em breve pela Revista Brasileira de Cancerologia. Em uma análise retrospectiva dos dados de cerca de 200 pacientes de câncer de boca e de faringe, acompanhados pelo Hospital Haroldo Juaçaba de 2000 a 2015, foi detectada uma relação importante entre fumo e alcoolismo e o grau de prognóstico destes tipos de tumores. A conclusão foi de que os pacientes que consomem álcool e fumam com grande frequência têm três vezes mais chances de óbito de chances para ter câncer de boca ou faringe dentre todos os analisados na amostragem do estudo.

De acordo com Paulo Barros, pesquisador líder do estudo e Bioestatístico do ICC, isso ocorre porque álcool pode atuar como um irritante, especialmente na boca e na garganta. “As células danificadas podem tentar se reparar, o que pode levar a alterações do DNA das células, podendo eventualmente terminar no desenvolvimento de um câncer. O que recomendamos é que se evite fumar e beber, ou que o consumo limite de bebidas seja até dois drinks por dia”, ressalta.

Sintomas e tratamento

Os pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular e Genética chamam atenção para os possíveis sintomas. “Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas em língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como nódulos (caroços) no pescoço e rouquidão persistente são sinais de alerta para esse tipo de câncer. Se diagnosticados no início e tratados da maneira eficaz, a maioria dos casos desse tipo de tumor tem cura. Geralmente, o tratamento envolve cirurgia e/ou radioterapia. A avaliação médica, conforme cada caso, vai decidir qual a melhor estratégia”, conclui Paulo.

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.