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[PÚBLICO A SAÚDE] Cientistas criam app para ajudar a diagnosticar autismo em bebês

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Cientistas da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, criaram um aplicativo que pode ajudar a diagnosticar o autismo de forma precoce em bebês – lembrando que hoje muitas famílias levam anos, ou até décadas, para descobrir que os filhos são autistas.

Segundo especialistas, crianças com o espectro autista observam de maneira diferente o que está ao redor delas. Foi a partir desse princípio que eles desenvolveram o aplicativo.

Através de inteligência artificial, o app consegue identificar o comportamento da criança e analisar se há indícios do transtorno. Para os desenvolvedores, a ferramenta tem potencial de se tornar importante para diagnósticos no futuro, considerando o baixo custo de produção e distribuição.

“Essa é a primeira vez que somos capazes de fazer esse tipo de avaliação usando apenas um smartphone ou um tablet. O estudo serviu como prova e estamos muito encorajados”, diz a pesquisadora Geraldine Dawson, coautora do estudo e diretora do Centro de Autismo e Desenvolvimento Cerebral Duke.

Tecnologia

A partir de vídeos, especialmente produzidos para trabalhar o diagnóstico de autismo, o aplicativo capta e avalia os padrões dos olhares das crianças que serão testadas.

Então, visão computacional e aprendizado de máquina conseguem determinar se a criança olha mais para os humanos nos vídeos ou para os objetos.

Geraldine disse que além de seguro, o aplicativo é inovador.

“Já temos um histórico de uso do rastreamento ocular para o diagnóstico do autismo, mas é a primeira vez em que não é preciso de um equipamento especial para isso. É incrível o quão longe chegamos para conquistar essa habilidade de rastrear o olhar fixo usando um dispositivo comum que muitas pessoas têm no bolso”, conta o principal autor do estudo, Zhuoqing Chang.

O aplicativo foi testado em 993 crianças com idade entre 16 e 38 meses, que é a fase que o autismo é mais frequentemente identificado.

Entre todos os testes, 40 foram apontados com algum grau do transtorno pelo aplicativo.

A pesquisa foi publicada na revista cientifica Jama Network.

O aplicativo ainda não tem nome e nem previsão de comercialização. A equipe informou que, inicialmente, ele ficará disponível para aparelhos celulares iPhone e tablets iPads.

Fonte: Por Monique de Carvalho, da redação do Só Notícia Boa. – Com informações de Olhar Digital. – Foto: Shutterstock

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.