Pesquisadores e funcionários do Reino Unido estão se preparando para infectar voluntários humanos com a variante delta do coronavírus – propositalmente – em um estudo de “desafio” polêmico, mas importante, que os ajudará a medir diretamente o impacto de vacinas e tratamentos.
Pesquisadores no Reino Unido já expuseram cerca de 40 voluntários humanos à variante original do SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19, para que eles possam testar vacinas e tratamentos em um ambiente controlado frente a frente. Mas agora que a variante delta infectou seu caminho para a proeminência internacional, os pesquisadores se encontram lutando para responder na mesma moeda.
Para coletar esses dados valiosos, o The Wall Street Journal relata que os cientistas da empresa de serviços de laboratório hVivo estão quase terminando de preparar um lote da variante delta cultivada especificamente para experimentação humana.
“O Delta reduziu a relevância do primeiro vírus”, disse ao WSJ o especialista em infecção viral respiratória Garth Rapeport, que ajudou a preparar os experimentos em humanos .
Ironicamente, a variante delta que cresceu rapidamente em todo o mundo e causou uma terrível nova onda de infecções nos Estados Unidos está tendo dificuldades para crescer no laboratório.
“Delta tem sido mais difícil”, disse o diretor científico da hVivo, Andrew Catchpole, ao WSJ . “Nem todas as amostras clínicas crescem tão facilmente em culturas de células.”
Parte desse desafio é o fato de que os pesquisadores precisam garantir que quaisquer mutações em suas amostras cultivadas em laboratório sejam um espelho perfeito da variante que está se espalhando pelo mundo exterior.
“Não é tão diferente de fazer vacinas”, disse Rapeport ao WSJ . “Tem que ser altamente controlado e regulado.”
Fonte: Futurism – Foto: GETTY / FUTURISM
