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[PUBLICOA LITURGIA DIÁRIA] Acompanhe o Evangelho e a Homilia do Dia nesta sexta (23)

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*LEITURA DO DIA

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 11,18.21b-30

Irmãos,

já que muitos se gloriam segundo a carne,eu também me gloriarei.

O que outros ousam dizer em vantagem própria,eu também o digo a meu respeito,embora fale como insensato.

São hebreus? Eu também.São israelitas? Eu também.São da descendência de Abraão? Eu também.

São servos de Cristo?Como menos sensato digo:Eu ainda mais.De fato, muito mais do que eles:pelos trabalhos, pelas prisões,pelos açoites sem conta.Muitas vezes, vi-me em perigo de morte.

Cinco vezes,recebi dos judeus quarenta açoites menos um.

Três vezes, fui batido com varas.Uma vez, fui apedrejado.Três vezes, naufraguei.Passei uma noite e um dia no alto mar.

Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos:perigos de rios,perigos de ladrões,perigos da parte de meus compatriotas,perigos da parte dos pagãos,perigos na cidade,perigos em lugares desertos,

perigos no mar,perigos por parte de falsos irmãos.

Trabalhos e fadigas,inúmeras vigílias, fome e sede,frequentes jejuns, frio e nudez!

E, sem falar de outras coisas,a minha preocupação de cada dia,a solicitude por todas as igrejas!

Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele?Quem é escandalizado,que eu não fique ardendo de indignação?

Se é preciso gloriar-se,é de minhas fraquezas que me gloriarei!

*EVANGELHO DO DIA

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 6,19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

“Não junteis tesouros aqui na terra,onde a traça e a ferrugem destroem,e os ladrões assaltam e roubam.

Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu,onde nem a traça e a ferrugem destroem,nem os ladrões assaltam e roubam.

Porque, onde está o teu tesouro,aí estará também o teu coração.

O olho é a lâmpada do corpo.Se o teu olho é sadio,todo o teu corpo ficará iluminado.

Se o teu olho está doente,todo o teu corpo ficará na escuridão.Ora, se a luz que existe em ti é escuridão,como será grande a escuridão”.

*HOMILIA

No final estas riquezas não dão segurança para sempre. Aliás, rebaixam-te na dignidade. E isto é válido também em família: muitas famílias divididas… Também na raiz das guerras há esta ambição que destrói, corrompe. Neste mundo, neste momento, estão em ato muitas guerras por causa da avidez de poder, de riquezas. Pode-se pensar na guerra no nosso coração: “Afastai-vos de toda a cobiça!” diz o Senhor». Porque a avidez vai aumentando sempre: sobe um degrau, abre a porta, depois chega a vaidade — considerar-se importante, poderoso — e no final o orgulho. E a partir disto todos os vícios: são degraus, mas o primeiro é a avidez, a vontade de acumular riquezas. […] Mas é difícil, é como brincar com o fogo! Muitos tranquilizam a própria consciência com a esmola e doam o que lhes sobra. Mas isto não é ser administrador: o verdadeiro administrador conserva para si o que sobra e dá aos outros, em serviço, tudo. Administrar a riqueza é um despojamento contínuo do próprio interesse e não pensar que estas riquezas nos proporcionarão a salvação. Acumular sim, tesouros sim, mas os que são cotados — digamos assim — na “bolsa do Céu”: lá, acumulai-os lá!. (Homilia na Casa Santa Marta, 19 de junho de 2015)

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.