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[PUBLICOA SAÚDE] Estudo mostra que semente do açaí pode tratar transtornos de ansiedade; acesse aqui e saiba mais

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Os cientistas já sabem que o açaí pode trazer vários benefícios à saúde, como combater o envelhecimento, reduzir o colesterol e fornecer energia. Agora, os pesquisadores descobriram mais uma possibilidade para a fruta que é típica da região amazônica: ser um aliado em tratamentos para transtornos de ansiedade.

Esse foi o resultado de um estudo realizado pelo grupo de pesquisa de Farmacologia Cardiovascular e Plantas Medicinais, do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Nos testes realizados com animais, os pesquisadores descobriram que a semente do açaí age de maneira benéfica no sistema nervoso central, desempenhando uma ação ansiolítica.

A investigação é considerada inédita; porque trabalha com o caroço, ao contrário da maioria das pesquisas que estudam a polpa do fruto, como explica a professora Graziele Freitas de Bem, do Departamento de Farmacologia e Psicobiologia da Uerj.

“Observamos que o substrato hidro alcoólico do açaí tinha um conteúdo maior de polifenóis, que são os compostos químicos que promovem os efeitos benéficos e também é um efeito vasodilatador mais potente. Isso é importante para reduzir o impacto ambiental porque a maior parte do fruto é composta pelo caroço. A polpa é uma pequena parte desse fruto e nós poderíamos dar um bom destino, né? Uma boa utilização para esse caroço que normalmente é descartado”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, 9,3% da população sofria com transtornos de ansiedade em 2019. Uma pesquisa da Fiocruz, divulgada em janeiro de 2024, mostrou um aumento de 75% no uso de psicofármacos ao comparar períodos antes e depois a pandemia de covid-19.

O extrato da semente do açaí pode ser uma alternativa para o tratamento da ansiedade sem efeitos colaterais, detalha Graziele do Bem.

“Nós observamos nesse estudo e em vários outros estudos que nós já realizamos com o extrato do caroço do açai é que ele não tem efeitos adversos. A gente não observou ainda efeitos que possam promover danos ao nosso organismo”.

Os pesquisadores já fizeram um pedido de patente do extrato da semente do açaí junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial. A partir dessa concessão, com a parceria de representantes da indústria farmacêutica, eles vão poder dar continuidade aos estudos pré-clínicos para que essa tecnologia possa ser usada em seres humanos no futuro.

Fonte: Agência Brasil por Priscila Thereso – Edição: Sâmia Mendes – Marizete Cardoso – Foto: depositphotos

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Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.