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[PUBLICOA SAÚDE] Saúde mental: saiba a importância da escola em lidar com o assunto; acesse aqui e saiba mais

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Quando o assunto é saúde mental, muitos especialistas defendem que o tema deva ser tratado desde cedo.

Uma pesquisa conduzida pela Fiocruz Bahia, em parceria com a Universidade de Harvard, revelou que, em uma década, as taxas de suicídio tiveram aumento anual de 6% entre os jovens de 10 a 24 anos, enquanto a de autolesões, 26%. E porque a escola é importante quanto o assunto é saúde mental? Com a palavra o psiquiatra Rodrigo Bressan do Ame sua Mente.

“É importante dizer que suicídio é a ponta do iceberg de um problema muito maior, que são os transtornos mentais. E, se a gente quer fazer alguma coisa, a gente começa na escola, educando as pessoas, tanto docentes como jovens, para prevenir. Então, é uma fase antes do sistema de saúde, é no sistema de educação. Depois, a gente vai ensinando as pessoas a buscar ajuda precocemente”.

Para o estudante Miguel, de 15 anos, a escola nem sempre está preparada para dar o suporte emocional necessário aos alunos. Ele fala por experiência própria como estudante de uma escola particular, em Brasília.

“Teve o caso do meu irmão por exemplo, ele sofria bullyng, ele tinha uns problemas de relação com um cara da sala dele. Só que em relação a ajuda psicológica da escola, não teve muito. Se eu fosse dizer que buscaria apoio psicológico da escola, depende muito do oferecimento da escola e eu não vejo isso muito aqui. Eu optaria por um psicólogo ou um psiquiatra, dependendo do caso”.

O Ame Sua Mente, por exemplo realiza um trabalho com escolas de São Paulo e Santos de 2020 a 2023. O resultado é, segundo o instituto, é que 82,2 % dos professores identificaram mudanças positivas na forma como o tema da saúde mental é tratado e abordado, sendo 71,1% passaram a identificar possíveis casos de saúde mental entre os alunos e  64,4% melhoraram a forma como lidam com casos .

A Chefe da Coordenadoria de Formação da Seduc Santos  Rita Nascimento  concorda  com esse impacto positivo.

“Percebeu-se que os profissionais ansiavam por saber como cuidar de si mesmos e algumas vezes de casos relacionados aos estudantes. Assim, o trabalho tinha como foco na prevenção, no conhecimento e no autoconhecimento.”

Para Rodrigo Bressan, quanto mais cedo as pessoas se acostumam a buscar ajuda maiores as chances de melhorar, assim como em toda medicina.

“E, através do conhecimento, a gente começa a ter menos preconceito, porque o preconceito ou o estigma, eles atrapalham muito a evolução ou a forma de lidar com esses jovens”.

No SUS, o Sistema Único de Saúde, a Rede de Atenção Psicossocial é uma da prioritárias para tratar do que está relacionado a saúde mental”.

Desde Janeiro, o país tem a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares a ser executado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação.

Fonte: Agência Brasil por Ana Lúcia Caldas – Edição: Paula de Castro/ Marizete Cardoso – Foto: istockphoto

Picture of Rodrigo Kawasaki

Rodrigo Kawasaki

Editor-chefe da Público A.